Pobre menina! Choras por mentiras! Meias verdades. Tuas verdades. Apenas tuas. Não percebes?
Tão belas e macias quanto seus cabelos eram as palavras.
Mas sequer faziam algum sentido. Não as entendias.
Mas como não percebestes? Era tinteiro toda hora, do papel para fora.
Olhe. Ria. Enraiveça, adormeça.
Já não sofres mais. A beleza já passou!
Apesar de sentirdes falta do suspiro e da preocupação.
Pobre menina! Entregastes tua alma!
Era como voar. Nem cem cigarros deixavam-na assim tão cheia de prazer.
Deixou suas memórias corroerem seu cérebro. Idiota.
Sua placa de madeira com rodinhas está no mar.
Sua fantasia medieval está no ar. Em pedaços.
Deixe o vento levar.
Apenas ria, olhe, sorria, enraiveça e adormeça depois.
O pôr-da-lua já vai passar.
Vais saber da verdade. Tua verdadeira verdade.
Que te faz acordar deste passo em falso.
Acorde, menina!
Ou apenas vá dormir...
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