sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Po[rn]esia I


Pele salgada
Boca doce
Correntinha amarga
Que deslizou pra boca.

Mão pesada
Aperto forte
Arranhão leve
Que não cortou quase nada.

Peito macio
Barba áspera
Cabelo sedoso
Que você não prendeu.

Pé frio
Corpo quente
Beijo ardente
Que me envolveu.

Lábio vermelho
Bochecha rosada
Olho cintilado
Que me fazia amada.

Sexo suado
Cama afastada
Pensamento delgado
Que trazia risada.

Grito cessante
Auge petulante
Quente constante
Desejo impressionate
Ataque fulminante
Do meu fraco coração.

Teu clima[x]



Você é um dia quente,
Com seu corpo ardente
De amor e de paixão.

Você é um arrepio frio,
Com seu traje esguio
Que não me deixa opção.

Você é a mistura perfeita
De emoção e perversidade,
De timidez e voracidade,
Que me tira da razão.

Você é uma risada gostosa,
O prazer de toda sua delícia.
O sexo em sua forma formosa.

Você é meu delírio constante.
Minha caixinha de malícias...
Teu sussurro é o mais excitante...

Você é a insanidade dos meus desejos.
O bem e o mal como um só.
Me mostra a loucura que, sozinha, não vejo.
Na minha cabeça dá um nó.

Você é o bom e o extremo,
O orgasmo da minha vida...
O ponto alto dos meus auges...
Na tua mão, eu nada temo.

Você é a acidez do meu ciúme,
O remédio pras minhas feridas,
A sanidade que me foge,
O meu desgaste levado ao cume...

Você é quem me leva ao inferno,
No seu subtropical quente e úmido...
Tão quente e tão úmido...
Que em pleno inverno,
Entre quatro paredes eu...


Ah...
Você me enlouquece...