domingo, 20 de julho de 2008

Identi[ci]dade

Deixamos criarem [ou remover de nós] nossa própria identidade.
O tal modelo humano produzido pela humanidade...
Beleza, riqueza, coragem,
Força, virgindade, pureza, sanidade...
Eza, agem, ade, ade, ade...
Quanta frieza.
Quanta falsidade.
Que tristeza.
Querem todos iguais, seguindo a correnteza!

Tenha apenas garra.
Corra atrás. Seja alguém de verdade.
Ou não seja ninguém se isso o faz feliz de verdade.
Ame alguma coisa. Viva por ela.
O mundo não precisa ser sua passarela.
Não se esconda atrás de moda, tradição ou finja ser puro.
Não use roupas idiotas, colírio e óculos escuros.

Eu, tu, todos queríamos ser apenas nós!
Com nossa INsanidade sós.
Livres pra sorrir e gargalhar!
Livres pra NOS amar!

Deixem-se em paz! Não cobrem de ninguém nunca mais!
Em maioria não faz o que se dita.
Ser correto e certo irrita!
Ser errado é certo, já que isso que se ama!
Ser certo é errado! Quem pensa estar feliz assim se engana!

Não somos menos por sermos reais.
Somos menos por sermos banais!
A criatividade é uma dádiva, independente de religião.
Banalidade é um saco! Bom é ser 'sem noção'.

Eu quero é ser feliz do jeito que sou.
Mudando periodicamente ou ficando como estou.
Não importa o que querem que eu seja.
Sei que se entediariam se eu fosse mesmo uma princesa.

Critiquem minha espontaneidade!
Eu com o meu e você com o seu 'ade'.
Não sou, nem serei certinha.
Como deve saber, sou a triste, feliz, vivente e real fúnebra rainha.

Do meu mundo.
O mundo é meu.

~~

espontaneidade
es.pon.ta.nei.da.de
sf (espontâneo+dade) 1 Qualidade daquilo que é espontâneo. 2 Facilidade com que alguma coisa se produz. 3 Aquiescência, conde­s­cendência natural. 4 Naturalidade, singeleza.

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